27 de mai. de 2010

Caracóis loiros...

...Parei, ouvi, e corri para fora de mim como que fugindo do meu maior medo.
Não era só eu, era realmente eu, esqueci-me da minha existência, esqueci-me de quem era e de quem fui, depois, como que arrancada do mais maravilhoso sonho voltei, cansada da “viagem” e com lágrimas de saudade nos olhos…
Fiquei, outra vez, cansada, exausta e sem vontade de nada mas sorri, um sorriso (quase forçado), pouco verdadeiro…
A nostalgia apoderou-se dos meus movimentos e cada gesto era mais forçado que o anterior, passei a agir, mecanicamente, por impulsos de rotina.
Depois adormeci, sonhei, egocentricamente, comigo mesma, era pequenina, uma criança inocente (como nunca deixei de ser), estava a andar de baloiço e estava feliz, saltei, e com os pés despidos, corri do baloiço para casa e meti-me na cama…
Acordei com quase dezoito anos, com a frieza do passado no olhar, e depois?
Ouvi, outra vez, aquela tão vulgarmente ouvida, musica que me acalma e exalta o “espírito”…
Fumei um cigarro e pensei, egocentricamente, naquela criança que se perdeu no passado… Queria de volta aquela calma e inocência (não queria a ingenuidade) de uma criança sem responsabilidades, enérgica e sempre com um brilho intenso nos olhos (anteriormente) claros…
Senti saudades, de uma forma estupidamente individual, de mim própria.
E voltei, num turbilhão de sentimentos passados, à realidade do presente…




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